segunda-feira, 11 de outubro de 2010

INQUIETUDE

Meu ser está inquieto

Disperso e fluente

Como a chuva que se espalha

Derramando suas lágrimas

Sobre a superfície.

Ânsia de estar em outro lugar

Ou quem sabe

Muitos lugares simultaneamente;

E fazer coisas diversas

Sem pressa.

O pensamento divaga

Viaja pelo universo

Seguindo as trilhas de uma quimera.

Um desejo deveras:

Encontrar-se

Ou simplesmente entender-se

Em meio ao caos existencial e social

Da vida.

Superar barreiras virtuais

Ou até reais

Que atrofiam a transcendência.

Quanta sede e vontade

De apaziguar o coração

E acalmar o espírito conturbado

Por tanta incerteza e confusão.

DESVENTURA


Beldade. Vejo-te distante

Do clima permeado de alegria

Onde no ensejo daquele dia

O sol pairou no horizonte.


Devaneios emergiram depressa

No pulso nervoso em que fiquei,

Perdi a direção do ser que sei

No espaço do corpo que dispersa.


Incrível arrepiante emoção

Que naquela ocasião singular,

Brotou qual fonte a irrigar

O jardim a florir no coração.


Sonhos de candura e beijo

Correram nas veias a sonhar,

Libido e quentura de enamorar

Na loucura gostosa do desejo.


Coisas de jovem ou qualquer

Pessoa, que aspira alguém

Interessante que queira também

Aventurar leve em pensado prazer.


Conquista: jogo real imprevisível...

Apesar da desventura do acontecido,

Valeu a sensação de ter sentido

Uma bela atração sensual aprazível.

MFA