terça-feira, 29 de janeiro de 2013

OSCILAR


Hoje, despertar diferente,
Perene exótica mudança,
Acontece  corriqueiramente,
No ser de multiformes nuanças.

Outrora fosco na melancolia
Inóspita e depressiva atacava.
Descortinar o abismo dos dias,
Uma idéia letal que brotava.

Nuvens macabras, um breu
Na paisagem da consciência.
Espinhos nas afecções do eu,
Pérfidas doses de demência.

Ora, por dádiva o tempo,
Este companheiro paradoxal,
No teu compasso, leve intento,
Abre oscilações no fluxo vital.

Norte: integrar o psiquismo
Arisco, mesclado e mutante.
Face peripécias no organismo
Conta equilíbrio e vida sapiente.

DESVENTURA


Beldade. Vejo-te distante
Do clima permeado de alegria
Onde no ensejo daquele dia
O sol pairou no horizonte.

Devaneios emergiram depressa
No pulso nervoso em que fiquei,
Perdi a direção do ser que sei
No espaço do corpo que dispersa.

Incrível arrepiante emoção
Que naquela ocasião singular,
Brotou qual fonte a irrigar
O jardim a florir no coração.

Sonhos de candura e beijo
Correram nas veias a sonhar,
Libido e quentura de enamorar
Na loucura gostosa do desejo.

Coisas de jovem ou qualquer
Pessoa, que aspira alguém
Interessante que queira também
Aventurar leve em pensado prazer.

Conquista: jogo real imprevisível...
Apesar da desventura do acontecido,
Valeu a sensação de ter sentido
Uma bela atração sensual aprazível.