terça-feira, 15 de novembro de 2011

ESCOLHER

Sou um andarilho errante

Tecendo projetos e metas

Em busca de acertos e setas

Na jornada difusa do horizonte.


Um caleidoscópio de possibilidades

Mostra-se o cotidiano da existência

Singular no todo e em cada essência

No propósito de conjugar felicidade.


Fazer escolhas e logo renúncias

Com sabedoria e discernimento

Equilibrando afeto e entendimento.


Desvelar interações com astúcia

E prudência, evoluir e bem viver

No cultivar do agora a vir a ser.


BRASIL

Um continente intitulado Brasil,

Terra de múltiplas caras e misturas,

Ambiente de ricos sabores e culturas

Estampadas sob o céu de anil.

Coloridas de estrelas e história,

Na formação do povo em trajetória.


Lugar, outrossim, de um tesouro exuberante,

Vasto é a extensão e o valor de sua natureza;

Patrimônio da humanidade peregrina e errante,

Que perde-se no artificial e pouco cuida da real beleza.

Todavia desperta face a eminentes tragédias,

Ademais, o caos emerge e não é caso de comédia.


Uma geografia pluriversal de coisas e gentes,

Tão impressionante como o cenário do meio ambiente.

Contraditória e desigual mostra-se a população

Que destrói a própria casa e desrespeita uns aos outros.

Urgente faz-se rever, melhorar a existência e a situação,

Mudar paradigmas com candura e razão, mesmo aos poucos.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MORTE

Tu assombras todo destino

Com proximidade a espreita.

Teu nome causa arrepio fino

Na imprevisível curva aberta.


Todos almejam muito viver

Mesmo sem perscrutar o porquê (?).

De no mundo estarem ai jogados

Até o dia de ‘ver’ os olhos fechados.


Não adianta tentar correr, fugir,

Riscos cabem enfrentar e a trilha seguir.

Deixar de viver seria deixar de arriscar.


O vento acaso sopra necrófagos eminentes

No arpejo de uivos e lumes fosforescentes,

A energia e o ar da vida vão até o fim chegar.


PAIXÃO


Sacudiu minha fria tranquilidade

Descompassando o bater do coração

Fez esquecer os interstícios da idade

Despertando a energia da sedução.


Acordo em face do atraente mistério

A fruição que dá jovialidade e sabor

Existência embalsamada no refrigério:

Inebriante sopro cardeal do amor.


Oportunidade única para encontrar

Como tudo nas veredas incertas do tempo

Descobrir a sinuosidade de enamorar

Na revolução sentimental do entendimento.


Arriscar, não prender a sentimentalidade

Deliciar a correnteza integral da paixão

A candura intensa de conquistar afinidade

E suspirar juntos no reflexo da mesma emoção.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

BALIZA

A vida nos traz surpresas

Desafios do fado cotidiano

É necessário ser perseverante

Ter amor e fé em primeiro plano.


Apesar dos tropeços

Não devemos temer

Deve-se estar consciente

Pois faz parte do viver.


Com coisas superficiais

O mundo tenta nos iludir

É preciso estar sempre atento

Para não se deixar ferir.

Pelo prazer momentâneo

Muitos se deixam levar

Entretanto temos que saber

Que isso fugazmente vai passar.


É inocência reduzir o existir

Numa simples e fugidia aventura

Viver é um dom precioso e sem igual

E merece uma visão mais madura.


É bom que se tenha uma baliza

Buscar o equilíbrio na virtude

Num contínuo contentamento

Em direção a sonhada plenitude.