segunda-feira, 9 de maio de 2011

FORA NO LANCE

Ontem levei amargo 'soco'

Reação frente a certas ações.

Perdido nas sendas de porões

Cai no buraco meio bobo.


Marcas: percebi quase nada

Ao olhar no espelho avariado.

Mas fui subitamente jogado

Deslizando em quinas de escada.


Perdi a fria calma

Que sempre tive esperta.

Desguarneci e deixei aberta

A fortaleza da minha alma.


Agora me reergo a ordenar

O que sobrou do embate.

Mais uma lição no encarte

Orgânico da vida a girar.


Sensação e aventura frustrante

Que me testou, fez acordar

De desatinos. Parar de enrolar

E viver com cuidado atuante.

FAXINA

O fluxo integral

Humano cultural

Carece constantemente

De higiene benevolente.

Limpeza, algo mister

Inexorável para viver.

Tirar as poeiras

Remover as teias.

Mexer as coisas do lugar

Rever e reorganizar.


Fascinar é sempre

Ou que seja eventualmente

Artifício zeloso

Todavia, trabalhoso,

Meio chato e exigente

Com efeito, revitalizante.

Varrer, detetizar o exterior,

Depurar, ajeitar o interior.

Cuidar com diligência

Dos quartos da existência

Para o bem-estar usufruir

Com qualidade e ordem seguir...