Espanta-me a confusa ideia
De pertencer a alguém...
Quero ser dono de ninguém
Nem me prender em qualquer teia.
Aspiro à cor da liberdade
No horizonte da madura relação.
Saborear a jovial pulsão
Envolvente de amor e saudade.
Deixar acontecer, abrir-se,
Cultivar a paixão e a alegria
No (re)-encontro que valeria
O risco do prazer de aventurar-se.
Na certa, mesmo em parcial véu
Desejo conquistar alguém
Ter atenção, carinho e querer bem
Na candura de tomar picante mel.
Reconheço no amor contradição,
Difícil arte de amar e se envolver...
De imbuir na atração sem prender
O fogo louco da afetuosa ligação.
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