terça-feira, 15 de março de 2011

AMOR LIVRE

Espanta-me a confusa ideia

De pertencer a alguém...

Quero ser dono de ninguém

Nem me prender em qualquer teia.


Aspiro à cor da liberdade

No horizonte da madura relação.

Saborear a jovial pulsão

Envolvente de amor e saudade.


Deixar acontecer, abrir-se,

Cultivar a paixão e a alegria

No (re)-encontro que valeria

O risco do prazer de aventurar-se.


Na certa, mesmo em parcial véu

Desejo conquistar alguém

Ter atenção, carinho e querer bem

Na candura de tomar picante mel.


Reconheço no amor contradição,

Difícil arte de amar e se envolver...

De imbuir na atração sem prender

O fogo louco da afetuosa ligação.


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